Comentários de Cinema - Parte 16

Filmes abordados:

Alerta do Espaço, O (Warning From Space / Uchujin Tokyo Ni Arawaru, Japão, 1956)
Batalha dos Monstros, A (Attack of the Monsters / Gamera tai daiakuju Giron, Japão, 1969)
Destruam Toda a Terra (Destroy All Planets / Gamera tai uchu kaijû Bairasu, Japão, 1968)
Gammera – O Monstro Invencível (Gammera the Invincible, EUA, 1966)
Josey Wales – O Fora da Lei (The Outlaw Josey Wales, EUA, 1976)
Monstro de Vênus, O (Zontar, the Thing From Venus, EUA, 1966)
Primeira Espaçonave em Vênus, A (First Spaceship on Venus / Der Schweigende Stern, Alemanha / Polônia, 1960)



* Alerta do Espaço, O (1956) – Direção de Koji Shima. Misteriosos corpos luminosos surgem nos céus da capital do Japão, Tóquio, sendo avistados e estudados por cientistas. São alienígenas do planeta Pairan com uma tecnologia superior que querem alertar a humanidade sobre os perigos fatais de um planeta desgovernado de outra galáxia que está em rota de colisão com a Terra. Com dificuldade de comunicação, eles decidem assumir a forma humana, através de uma sósia de uma cantora e dançarina famosa, Hikari Aozora (Toyomi Karita), entrando em contato com um grupo de cientistas formado pelo Dr. Kamura (Bontaro Miake), o físico Dr. Matsuda (Isao Yamagata) e o Dr. Toto Isobe (Shozo Nanbu). A intenção dos extraterrestres é ajudar sugerindo um ataque com armas nucleares no planeta para tentar destruí-lo ou desviar sua rota, mas o plano falha restando uma última tentativa através de um potente explosivo cuja fórmula foi criada pelo Dr. Matsuda e produzida com o auxílio dos seres do espaço. Primeiro filme japonês de Ficção Científica com fotografia em cores, “O Alerta do Espaço” tem como maior destaque a presença dos alienígenas, mesmo que poucas vezes, num excercício de bizarrice impagável, com atores fantasiados num traje amarelo em forma de estrela e com um único olho imenso no centro, na altura da barriga. Provavelmente, as criaturas do planeta Pairan estão entre as mais ridículas em aparência da história do cinema bagaceiro de Horror e FC, e por isso mesmo garantem uma diversão memorável. De resto, o roteiro esbarra em clichês o tempo todo, com cientistas tentando encontrar um meio de salvar o mundo do choque com outro planeta, além da presença de elementos de conspiração através de uma organização secreta querendo se apossar da descoberta do explosivo. O desfecho óbvio e previsível se resume com a interferência dos alienígenas na solução do problema, cujas consequências também os afetariam, pois seu planeta possui órbita similar ao da Terra, porém no outro lado do Sol. Vale destacar também que esse é um dos poucos filmes que procuraram retratar alienígenas com intenções pacíficas ao invés de propósitos tiranos de invasão e conquista, como a maioria esmagadora dos filmes do gênero. A cena de transformação de um alienígena para a forma humana, através de uma máquina, é uma referência direta ao filme alemão “Metrópolis” (1927), numa sequência similar entre um robô mecânico e a personagem Maria. Foi lançado em DVD no Brasil junto com “Gammera – O Monstro Invencível” (1965), numa versão dublada em inglês e legendas em português. (RR – 12/11/09)

* Batalha dos Monstros, A (1969) – Direção de Noriaki Yuasa. Duas crianças, o japonês Akio (Nobuhiro Kajima) e o americano Tom (Christopher Murphy), avistam num telescópio caseiro um disco voador que aterrissou perto da casa do primeiro, ao mesmo tempo em que um cientista, Dr. Shiga (Eiji Funakoshi), está estudando a origem de misteriosos sinais vindos do espaço, sendo interrogado pela imprensa. As crianças vão ao encontro da nave e ao entrarem no interior, são transportados por controle remoto ao planeta de origem, chamado Tera, que é similar ao nosso planeta, com mesma atmosfera, e situado no outro lado do Sol (ideia reciclada e já utilizada em “O Alerta do Espaço”, 1956). Esse planeta é habitado por duas mulheres, Barbella e Flobella, as únicas sobreviventes de uma civilização avançada tecnologicamente, mas que permitiu que um computador rebelde criasse monstros gigantes que dominam o lugar. As alienígenas conseguiram aprisionar e manter sob controle como um cão de guarda um desses monstros, Guiron, que é uma espécie de rinoceronte com uma lâmina de aço na cabeça. Elas então sequestram as crianças para devorar seus cérebros e adquirir seus conhecimentos, obtendo informações sobre a Terra. Mas o monstro voador Gamera está atento e parte para o planeta para defender os pirralhos e travar uma batalha contra Guiron. Distribuído no Brasil em DVD junto com “Destruam Toda a Terra” (1968), “A Batalha dos Monstros” tem fotografia em cores e dublagem em inglês, sendo mais um episódio dentro do universo ficcional da tartaruga gigante Gamera, que depois de ser apresentada no filme de origem “Gammera – O Monstro Invencível” (1966), agora é uma criatura “amiga das crianças” e “defensora da humanidade”. O roteiro é completamente ridículo, cheio de diálogos banais, personagens insignificantes e carregado de situações bagaceiras ao extremo. Todas as cenas com Gamera são toscas e hilárias de tão mal feitas, com direito até a uma performance do monstro numa espécie de barra acrobática parecendo um ginasta olímpico. Além de outra cena memorável de tão ruim onde a tartaruga imensa, que a propósito, voa pelo espaço com jatos propulsores, conserta uma nave cortada ao meio juntando os pedaços e soprando como se fosse uma vela de aniversário. Tanto Gamera como Guiron são interpretados por atores vestidos em trajes de borracha e com olhos de peixe morto, e as cenas de batalhas entre ambos são memoráveis de tão ruins. As instalações da base alienígena no planeta Tera possuem todos aqueles elementos clichês dos filmes “B” antigos de FC, com cenários coloridos e repletos de aparelhos eletrônicos futuristas. (RR – 12/11/09)

* Destruam Toda a Terra (1968) – Direção de Noriaki Yuasa. Uma nave alienígena hostil quer dominar e colonizar a Terra. Sua forma é um conjunto de esferas amarelas com listras pretas, e os invasores são criaturas com tentáculos disfarçadas de humanos. Uma dupla de jovens escoteiros, o japonês Masao Nakaya (Tôru Takatsuka) e seu amigo americano Jim Crane (Carl Craig), são especialistas em fazer trotes e brincadeiras, como o que fizeram com um pequeno submarino projetado pelo cientista Dr. Dobie (Peter Williams), cujos controles foram invertidos, e são sempre repreendidos pelo chefe dos escoteiros, Sr. Shimida (Kojiro Hongo). Porém, as crianças não imaginariam a encrenca em que iriam se meter quando são sequestradas pelos alienígenas, despertando a fúria do monstro protetor Gamera, uma tartaruga imensa que voa e solta fogo pela boca, que parte furiosa na salvação dos meninos. Na batalha, os alienígenas conseguem instalar um mecanismo de controle cerebral no monstro, obrigando-o a se voltar contra os humanos, destruindo uma represa e uma usina elétrica, ameaçando a segurança de Tóquio, a capital do Japão e a cidade preferida para os mais diversos monstros atacarem. Lançado em DVD pela “Works” num programa duplo com “A Batalha dos Monstros” (1969). Aqui, temos novamente outro filme com Gamera, tão ruim quanto os demais, com efeitos especiais paupérrimos e uma história básica cheia de furos e muito similar ao filme seguinte da série, demonstrando a falta de criatividade dos roteiristas, fazendo com que os filmes de monstros japoneses se pareçam demais uns com os outros. Dessa vez, em “Destruam Toda a Terra”, para preencher a duração de cerca de uma hora e meia, os realizadores optaram por inserir várias cenas de cansativas lutas entre Gamera e monstros rivais, retiradas de outros filmes. E não faltam mais outras novas sequências toscas também como uma em especial mostrando Gamera literalmente surfando sobre um monstro inimigo, formado pela união de vários alienígenas com tentáculos, que se juntaram numa única criatura enorme para combater a tartaruga voadora. De uma forma geral, o filme é até divertido com tanta cena bagaceira para todos os lados, mas dependendo da situação, também cansa bastante e torna-se um convite ao sono. (RR – 12/11/09)

* Gammera – O Monstro Invencível (1966) – Direção de Noriaki Yuasa e Sandy Howard. Em plena época de grande tensão mundial com a guerra fria, um navio de pesquisas japonês está no polo Ártico, próximo da fronteira com a Sibéria. Eles avistam um grupo de aviões russos fora de seu espaço aéreo e os Estados Unidos são alertados para interceptar os intrusos, causando um incidente internacional com a derrubada de um dos aviões inimigos, que carregava uma bomba atômica, explodindo a geleira e libertando um monstro gigantesco que hibernava por 200 milhões de anos. A criatura ancestral, com uma altura de cerca de 50 metros, é semelhante a uma tartaruga dinossauro, conhecida em lendas como “Gammera”, que cospe fogo pela boca e tem a capacidade de voar. O monstro gigante logo ataca o navio e parte pelo oceano em direção ao Japão, destruindo tudo pelo caminho, despertando a atenção mundial para um trabalho cooperativo internacional entre os exércitos de vários países na tentativa de deter o monstro. Uma vez que ele se mostra invulnerável ou “invencível” como diz o subtítulo do filme, não cedendo aos ataques maciços com armas de todos os tipos (inclusive nucleares), além de vapores quentes de uma usina geotérmica e até bombas congelantes, a esperança da humanidade está num misterioso “Plano Z”, mantido em sigilo pelas “Nações Unidas”. O objetivo é atrair a tartaruga gigante para uma ilha japonesa, que esconde um segredo que pode acabar com sua ameaça. Em 1965 foi produzido um filme japonês com o monstro “Gammera”, que um ano depois se transformou numa versão lançada pelos Estados Unidos, incluindo apenas algumas cenas adicionais e atores americanos como Albert Dekker (do clássico “O Delírio de Um Sábio”, 1939), que fez o Secretário de Defesa, Brian Donlevy (de “A Maldição da Mosca”, 1965), que interpretou o General Terry Arnold, e Dick O´Neill (General O´Neill). A partir de então, a tartaruga gigante que cospe fogo passou a participar de inúmeros filmes, principalmente na década de 60 e início dos anos 70. Os famosos monstros gigantes japoneses como Godzilla e outros similares, se transformaram num subgênero do cinema bagaceiro de horror muito cultuado pelos fãs, e são tantos filmes produzidos dentro desse tema que é difícil catalogar. Geralmente utilizando argumentos inspirados pela paranóia da guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética, e o medo das consequências do uso de armas atômicas para o futuro da humanidade. Foi lançado em DVD num programa duplo com “O Alerta do Espaço” (1956). (RR – 12/11/09)

* Josey Wales – O Fora da Lei (1976) – Dirigido e estrelado por Clint Eastwood, é um dos grandes filmes de western da história do gênero, assim como “Os Imperdoáveis” (1992), também de Eastwood e com Morgan Freeman. Depois que Josey Wales (Eastwood), um fazendeiro do Estado de Missouri, perdeu sua esposa e filho, assassinados num ataque criminoso que incendiou sua casa, liderado por soldados da união durante o fim da guerra civil dos Estados Unidos, ele torna-se um renegado sulista à procura de vingança. Suas habilidades com as armas de fogo e a imensa quantidade de homens mortos por suas mãos, o tornaram popular e temido, sendo perseguido pelo exército dos “barrigas azuis” e com a cabeça colocada à prêmio, instigando os caçadores de recompensas. Josey Wales encontra em seu caminho um velho índio renegado, Lone Watie (Chief Dan George), e junto com outras pessoas, eles procuram um lugar para viver nas terras selvagens do Kansas ou Texas. Mas, o procurado pistoleiro precisa constantemente lutar por sua vida numa guerra que para ele ainda não acabou. Obra prima do western, lançada em DVD no Brasil pela Warner. São 135 minutos de uma história interessante que mantém a atenção o tempo todo, onde acompanhamos a saga sangrenta de um homem em busca de liberdade e paz pessoal para livrar-se dos tormentos causados pelo assassinato brutal de sua família nos conflitos da guerra civil. Homem frio de poucas palavras e expressão rude, seus feitos como um renegado considerado fora da lei e a simples menção de seu nome, desperta temor nos mais bravos criminosos. Sua característica em cuspir sempre que está contrariado ou para desafiar os inimigos é um dos pontos fortes e muitas vezes hilários, principalmente quando o alvo de sua saliva é um cachorro vira lata que o acompanha em parte de sua jornada. Juntamente com uma cena antológica de um tenso, marcante e memorável diálogo com o chefe índio Ten Bears (Will Sampson), sobre liberdade, fraqueza da humanidade, falsa política dos homens dos governos e o direito à vida (ou à morte) em paz. Clint Eastwood está excepcional no papel principal e também atrás das câmeras. Certamente é um dos grandes nomes do cinema em todos os tempos, especialmente no fascinante gênero western. (RR – 29/11/14)

* Monstro de Vênus, O (1966) – Direção de Larry Buchanan. Keith Ritchie (Anthony Huston) é um cientista brilhante que inventa um sofisticado equipamento capaz de se comunicar com o distante planeta Vênus. Paralelamente, um importante projeto militar chefiado pelo também cientista Dr. Curt Taylor (John Agar), consiste em lançar ao espaço um satélite a laser. Ao se comunicar com Vênus, Keith entra em contato com uma criatura chamada Zontar, que utiliza o satélite para se transportar até a Terra. Ele acredita que está fazendo algo para o bem da humanidade, ou seja, um contato com uma raça alienígena superior que nos ajudaria a acabar com as guerras e problemas de nosso planeta. Porém, as intenções de Zontar são hostis, com objetivos de conquista num plano de invasão para sugar a energia do planeta e que consiste em controlar autoridades através de um sensor colocado em suas cabeças por morcegos venusianos. Dessa forma, resta apenas a tentativa da bela esposa de Keith, Martha Ritchie (Susan Bjurman), em alertar o marido sobre o equívoco em ajudar Zontar, e também do amigo Dr. Curt Taylor, que logo percebe o plano maquiavélico do alienígena e parte para o confronto para salvar a humanidade. “O Monstro de Vênus” é uma refilmagem de “It Conquered the World” (1956), dirigido por Roger Corman e com Peter Graves, Beverly Garland e Lee Van Cleef. Foi lançado em DVD junto com “A Primeira Espaçonave em Vênus” (1960), e tem a participação do ator John Agar (1921 / 2002), conhecido por interpretar geralmente “cientistas loucos” em inúmeros filmes “B” de horror e ficção científica como “Revenge of the Creature” (1955), “Tarantula” (1955), “The Mole People” (1956), “The Brain From Planet Arous” (1957), “Attack of the Puppet People” (1958), “Invisible Invaders” (1959), “Journey to the Seventh Planet” (1962), “Women of the Prehistoric Planet” (1967), entre outras pérolas do cinema fantástico de baixo orçamento. O filme é uma tranqueira de proporções colossais, desde a produção paupérrima, passando pelo roteiro superficial, até os efeitos especiais bagaceiros, como o satélite a laser (um típico disco voador), os “injectopods” (uma espécie de morcego alienígena ridículo cujas cenas dos ataques em vôos rasantes são hilários de tão mal feitos), e o próprio Zontar, um monstro com três olhos e um par de asas, que está entre os mais bizarros vilões dos filmes sobre invasão alienígena. Na história, percebemos referências a clássicos da ficção científica como “O Dia Em Que a Terra Parou” (1951), quando Zontar paraliza o planeta, interrompendo todos os serviços de fornecimento de água, luz, telefone e máquinas em geral, instaurando o pânico na população desorientada, e “Vampiros de Almas” (1956), ao controlar as pessoas através de um sensor instalado na nuca, transformando-as em seres obedientes, artificiais e desprovidos de emoções. Como a maioria dos filmes do período, o roteiro também explora a tensão da guerra fria, alegando que o corte de energia seria uma sabotagem comunista, e que as pessoas controladas por Zontar seriam frias e insensíveis. (RR – 12/11/09)


* Primeira Espaçonave em Vênus, A (1960) – Direção de Kurt Maetzig. Um objeto estranho é encontrado levando um grupo de cientistas a investigar sua origem. Eles chegam à conclusão que é proveniente do planeta Vênus, vindo com a queda de uma imensa nave que se acidentou na Terra. A partir daí, é formada uma expedição de celebridades do mundo das ciências para uma viagem inédita a bordo de um foguete chamado “Cosmostrater”, rumo à Vênus para explorar o planeta e descobrir indícios de vida alienígena. O grupo é formado por oito cientistas de diversas nacionalidades: o americano e comandante da missão Harringway Hawling (Oldrich Lukes), o polonês chefe de engenharia e entusiasta em xadrez Orloff (Ignacy Machowski), o chinês especialista em idiomas Tchen Yu (Tang Hua-Ta), o matemático indiano Sikarna (Kurt Rackelmann), o francês expert em robôs Durand (Michail N. Postnikow), criador do robô de exploração “Omegan”, o piloto alemão Robert Brinkmann (Gunther Simon), o técnico em navegação e comunicação africano Talua (Julius Ongewe), e a única mulher da equipe, a bela médica japonesa Sumiko Ogimura (Yoko Tani). Eles partem então para Vênus, passando pela base “Lunar 3”, instalada na Lua. Lá, encontram um planeta deserto envolvido em névoas, além de misteriosos insetos metálicos, uma floresta vitrificada e os restos de uma civilização abatida por uma catástrofe nuclear que dizimou os habitantes. Descobrem também as intenções hostis dos venusianos antes da tragédia. A história de “A Primeira Espaçonave em Vênus” é ambientada em 1985, que curiosamente significava um futuro distante para a época de produção do filme (1960) e um passado já longo também para nosso momento atual. O roteiro é baseado em obra literária do ucraniano Stanislaw Lem, o mesmo autor de “Solaris”, e a direção foi do alemão Kurt Maetzig. O filme é curto (apenas 78 minutos), provavelmente por questões orçamentárias e por isso percebe-se claramente a rapidez com que os eventos acontecem. Um narrador procura apresentar uma introdução com a equipe de cientistas e a descoberta de um misterioso artefato de origem alienígena, e a partir daí, a história ganha uma dinâmica evidenciando a longa viagem espacial e a exploração de Vênus. Novamente temos um super computador com cérebro eletrônico controlando a nave, não faltando sempre todos os elementos característicos das produções de Ficção Científica do período, com excesso de luzes piscando e painéis cheios de controles e botões. O filme é divertido por instigar o espectador e fã do gênero fantástico a viajar e explorar juntamente com os cientistas o desconhecido planeta Vênus, alertando para os perigos de armas nucleares e o medo de invasões alienígenas. Lançado em DVD junto com “O Monstro de Vênus” (1966). (RR – 12/11/09)